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Semântica

Semântica é um ramo da linguística que estuda o significado das palavras, frases e textos de uma língua. Esta mesma matéria é pedida como significação contextual de palavras ou expressões ou como sentido e emprego dos vocábulos.

Ela é dividida em:

Descritiva ou sincrônica – a que estuda o significado atual das palavras.

Histórica ou diacrônica – a que estuda as mudanças que as palavras sofreram no tempo e no espaço.

 

Significação das palavras:

Conectivos: valores lógico-semânticos – Parte 3

Conjunções coordenativas

Estabelecem cinco tipos de relações, como se especifica nos exemplos que seguem.

Relação Principais conjunções e locuções conjuntivas Exemplos
Adição
(aditiva)
E, nem, não só…mas também Não só está feliz, como também sorri bastante.
Oposição (adversativa) Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante Está feliz com a carta, porém continua esperando a chegada do irmão.
Alternância (alternativa) Ou, ou…ou, ora…ora, quer…quer Ora chove torrencialmente, ora há uma seca insuportável.
Explicação (explicativa) Que, pois (antes do verbo), porque, uma vez que Faltou à aula, pois não está na sala.
Conclusão (conclusiva) Pois (em geral, após o verbo), portanto, logo, por isso Não está na sala, portanto não está na sala.

Observações:

1. É comum uma conjunção assumir um valor semântico diferente do que é o usual.

Exemplo:

 É rico, e pede esmolas.
A conjunção “e”, no contexto, assume o valor de oposição

 Fique quieto ou terá de sair.
A conjunção “ou”, no contexto, assume o valor de uma condição.

2. A explicação não deve ser confundida com a causa.

Se existe uma causa, há entre as orações do período uma relação de causa e conseqüência ou causa e efeito. Além disso, a     causa deve ser um fato anterior à conseqüência.

Se existe uma explicação, pode-se considerar duas possibilidades:

• Há uma ordem (verbo no imperativo) que se quer justificar (Saia, que estou mandando.);
• Há uma afirmação sobre um fato que se justifica por uma observação posterior ao fato (Carla saiu, pois as portas e janelas da       casa estão fechadas.).

Conjunções subordinativas

Há dois tipos: integrantes (que relacionam orações subordinadas adverbiais à principal) e outras, às vezes chamadas de adverbiais (que relacionam orações subordinadas adverbiais à principal).

As integrantes são as palavras “que” e “se”. A essa última acrescenta-se um valor de dúvida. Compare:

Jorge disse que saiu.
Jorge não sabe se sairá.

As conjunções subordinativas adverbiais estabelecem nove relações lógicas (semânticas), como se exemplifica a seguir.

Relação Principais conjunções e locuções
conjuntivas
Exemplos
Causa (causal) Porque, uma vez que, já que, visto que Resfriou-se porque insiste em ficar descalço.
Conseqüência (consecutiva) (tão, tanto, tal, na oração principal) que, de modo que Está tão resfriado que mal pode falar.
Condição (condicional) Se, caso, desde que Caso tenha dúvidas, consulte o plantão de atendimento aos alunos.
Concessão (concessiva) Embora, ainda que Ainda que se mostre feliz, meu pai anda muito preocupado.
Comparação (comparativa) Como, (tanto, na oração principal) quanto É tão jovem quanto a filha!
Conformidade (conformativa) Como, conforme, segundo Conforme disse o jornalista, o empresário não quis responder às perguntas.
Tempo (temporal) Quando, assim que, antes que, desde que, depois que, mal Quando cheguei à escola, soube do ocorrido.
Finalidade (final) A fim de que, para que, porque (seguido de verbo no subjuntivo) Estude para que tudo saia bem na prova.
Proporção (proporcional) À proporção que, à medida que, quanto menos, quanto mais À medida que nos aproximamos da praia, o cheiro do mar invade nossos pulmões.

Observações:

1. Uma mesma conjunção pode assumir diferentes valores, em função do contexto. Exemplos:

 Desde que o conheço, não sinto mais solidão.
Você pode sair, desde que cumpra com suas obrigações.