A crise do sistema colonial nas Américas
Independências na América
América inglesa
Séculos XVIII e XIX
Característica:
População bem diversificada: mestiços, ameríndios, colonos europeus e africanos.
Treze colônias com características diferentes.
Colônias do Sul: agrícola e negociava com a burguesia inglesa.
Colônias do Centro e Norte: independentes e produziam manufaturados e negociavam com outros mercados além da Inglaterra.
Processo de independência das colônias
Guerra dos Sete anos entre França e Inglaterra (1756 a 1763)
As colônias da França na América eram bem menores que as da Inglaterra, por isso, perderam a guerra.
Anexação de parte o Canadá pela Inglaterra.
Apesar de vencer a guerra a Inglaterra estava em crise e com isso aumentou os impostos com a lei do Açúcar (controle absoluto) e a lei do selo (selo que comprovava o pagamento de taxas), aumentado a insatisfação dos colonos.
Tentando conter a insatisfação o parlamento em 1774 as leis intoleráveis para controlar as colônias.
A insatisfação só aumentava e o governo inglês não cedia. Com isso o povo começou a pedir a independência das colônias e iniciando conflitos armados.
Em 1776 sob a liderança de Thomas Jefferson foi escrita a Declaração de independência.
Com a ajuda da França e a liderança de George Washington em 1783 a Inglaterra se rendeu e reconheceu a independência das colônias que passaram a se chamar Estados Unidos da América.
América espanhola
Séculos XVI a XVIII
Características:
Pacto Colonial (Colônias dominadas e exploradas pela metrópole europeia), monocultura, latifúndio, escravos, minas de prata e comércio externo.
Colônias espanholas:
Chapetones (Espanhóis): Representantes da coroa
Criollos: descendentes espanhóis nascidos na colônia: poder social e econômico
Processo de independência da colônia
Devido à independência dos Estados Unidos na América e o iluminismo, guerras napoleônicas e a revolução industrial os criollos passaram a liderar os movimentos de emancipação das colônias espanholas.
Século XVIII – Primeiras revoltas, mas foram reprimidas pela Espanha.
Século XIX – Devido as Guerras napoleônicas e ascensão do irmão de napoleão ao trono Espanhol, os movimentos de independência cresciam na América.
Com a ajuda da Inglaterra e Estados Unidos a América espanhola se dividiu em dezoito nações independentes.
As nações conquistaram a independência política, mas continuaram a fornecer matérias-primas para a Europa e importando produtos industrializados deles.
América portuguesa
Características:
Sistema plantation: latifúndio, monocultura, mão-de-obra escrava e produção voltada para o mercado externo
Pacto colonial: Colônias dominadas e exploradas pela metrópole europeia.
A ideia de independência da colônia começou a crescer devido à independência dos Estados Unidos, lutas populares do Haiti, escravidão e ideais franceses.
Crise portuguesa
Com a concorrência comercial com a Holanda e Inglaterra e as guerras ibéricas (1580-1640), Portugal acabou entrando em crise chegando a pedir empréstimo à Inglaterra, ampliando sua dependência dos ingleses.
Para solucionar a Coroa aumentou os impostos sobre a mineração na colônia e obrigou os colonos a aumentarem a quantidade de ouro enviados pelo Brasil ocasionando o esgotamento das minas.
Em 1765 a Coroa criou a Derrama, que confiscava os bens dos moradores até eles receberem todos os impostos atrasados.
Em 1785 os portugueses proibiram a produção de manufaturados no Brasil e criação de indústrias obrigando os colonos a importarem produtos, aumentando o custo de vida deles.
Movimentos emancipacionistas
Conjuração mineira – 1789
Devido ao aumento da pobreza e impostos e influenciados pelos ideais iluministas e pela independência dos Estados Unidos, os mineiros organizaram a Conjuração Mineira.
Mesmo antes de ocorrer um inconfidente endividado com a Coroa os traiu em troca do perdão de suas dívidas.
Os inconfidentes foram presos e somente o alferes Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) foi executado por ter assumido a responsabilidade pelo levante durante o julgamento.
Conjuração baiana – 1798
Influenciados também pelos ideais franceses de igualdade, liberdade e fraternidade e devido a alta dos impostos e custo de vida, crescia a ideia de criar uma república igualitária, com liberdade comercial e aumentar a remuneração dos soldados.
O governo da Bahia prendeu os conspiradores executou em praça pública seus lideres.
O governo português passou a oferecer benefícios para quem denunciassem qualquer conspiração.
Revolução Pernambucana – 1817
O descontentamento dos colonos com a baixa dos preços do açúcar e algodão e ainda o aumento dos impostos para sustentar a família real no Brasil e aliado aos ideais de liberdade, fez crescer a ideia de independência entre os senhores de engenho, comerciantes, baixo clero e militares.
Eles queriam criar outra nação, mas somente englobando Pernambuco e as outras capitanias do nordeste.
O governador de Pernambuco mandou prender todos, mas os revolucionários venceram e formaram um governo revolucionário em Recife.
Os governos locais com a ajuda vinda do Rio de Janeiro conseguiram retomar o governo de Recife e executando os líderes do movimento.
Processo de independência.
1806/ 1807 – Com o Bloqueio continental da França contra a Inglaterra e a não adesão do Governo português a família real fugiu para o Brasil.
1808 – Chegada da Corte portuguesa ao Brasil com aproximadamente 15 mil pessoas.
Dom João abre os portos para os Ingleses rompendo o monopólio português diminuindo o controle de Portugal sobre o Brasil.
Neste mesmo ano o governo português permitiu a instalação de manufaturas no Brasil, quebrando mais uma lei que existia no Brasil.
1810 – D. João dá mais benefícios para a Inglaterra, como impostos menores sobre seus produtos importados, liberdade religiosa e crimes de ingleses sendo julgados por juízes ingleses.
Aumento do gasto do governo, e consequentemente houve o aumento e criação de impostos, emissão de moedas (causando inflação) e empréstimos aos bancos ingleses gerando descontentamento na população.
De colônia a Reino Unido
1815 – Com a derrota da França formou-se um Congresso de Viena para decidir o que fazer com os territórios conquistados pelos franceses.
Para ter vantagens neste Congresso e permanecer no Brasil (Portugal estava devastada), D. João VI elevou o Brasil para um Reino Unido de Portugal e Algarves.
Depois da Guerra, mas ainda em crise, Portugal passou a ser governado por uma Junta Governativa liderada pelos militares ingleses. A sociedade portuguesa estava descontente, pois sentiam abandonadas pela Família Real e para eles a solução da crise era a volta do pacto colonial e transformar de novo o Brasil em colônia.
1820 – A Revolução Liberal do Porto, depôs a Junta Governativa inglesa e elaboraram uma constituição para limitar o poder da monarquia, criando uma monarquia constitucional no país e exigindo a volta de D. João VI.
A burguesia defensora do mercantilismo queria acabar com a abertura dos portos e recolonizar o Brasil.
1821 – D. João VI volta para Portugal levando todo o dinheiro do Brasil e deixou no comando seu filho D. Pedro.
No Brasil alguns queriam a independência, abolição da escravatura e um governo democrático e outros a recolonização, mantendo os latifúndios e a escravidão.
A elite brasileira convenceu D. Pedro a romper com Portugal.
Portugal exigia a volta de D. Pedro para Portugal e que aumentasse os impostos sobre os produtos ingleses.
Com a confecção de um abaixo-assinado pedindo a permanência de D. Pedro no Brasil, começou a organização para a independência do Brasil.
1822 – Em janeiro D. Pedro decide permanecer no Brasil
As tropas portugueses que estavam no Brasil exigiam a volta de D. Pedro a Portugal, mas foram derrotadas pelos colonos e expulsos do Brasil.
D. Pedro decretou o “cumpra-se”, ou seja, ordem portuguesas só eram cumpridas depois da autorização dele.
Em junho D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte.
Em agosto declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil.
Devido a pressão dos portugueses, D. Pedro rompeu definitivamente com Portugal declarando a independência do Brasil.
A elite latifundiária e escravista apoio e conseguiu implantar o regime monárquico e declarou D. Pedro imperador do Brasil em dezembro de 1822.
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