Tempos, modos e vozes verbais.
Emprego de tempos verbais:
Seria o tempo verbal, ou seja, se o verbo indica algo que já realizou, está realizando ou se ainda realizará.
Temos três tempos verbais:
Passado ou pretérito, presente e futuro.
Pretérito ou passado:
Aconteceu antes do instante que se fala.
Ex.: Ontem fui à academia mais cedo.
Presente:
Acontece no instante da fala
Ex.: Eu treino nesta academia
Futuro:
Acontecerá depois do instante da fala.
Ex.: Irei à academia daqui umas duas horas
O pretérito pode ser:
Pretérito perfeito: O fato passado foi concluído totalmente
Ex.: Ele estudou toda a matéria hoje de manhã.
Pretérito imperfeito: O fato passado não foi concluído totalmente.
Ex.: Ele conversava muito durante a aula.
Pretérito mais-que-perfeito: O fato passado é anterior a outro fato também passado e terminado.
Ex.: Quando eu cheguei na festa, ele já tinha saído
O futuro pode ser:
Futuro do presente: O fato acontece após o momento da fala, mas já terminado antes de outro fato futuro.
Ex.: Quando sua mãe chegar, eu contarei tudo para ela.
Futuro do pretérito: Um fato futuro que pode ocorrer depois de um fato passado.
Ex.: Se eu tivesse os livros, estudaria nas férias.
Emprego de modos verbais:
Indicativo – mostra uma certeza. A pessoa que fala é precisa sobre o fato.
Ex.: Eu gosto de feijoada.
Subjuntivo – Mostra incerteza. A pessoa fala mostra dúvida sobre o fato
Ex.: Talvez eu viaje no final de semana.
Imperativo – mostra uma atitude de ordem ou solicitação
Ex.: Não jogue bola agora.
Formas nominais do verbo:
O verbo pode ter funções de nomes (nominais), como substantivo, adjetivo e advérbio.
Infinitivo impessoal (não flexiona o verbo): dá significado ao verbo de modo indefinido e vago. Ele deve ser usado em locuções verbais, sem sujeito definido, com sentido imperativo e etc..
Ex.: É preciso amar
Infinitivo pessoal (flexiona o verbo): Ele deve ser usado com sujeito definido, quando desejar determinar o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e quando uma ação for correspondente.
1ª pessoa do singular: sem desinências
2ª pessoa do singular: Radical + ES
3ª pessoa do singular: sem desinências
1ª pessoa do plural: Radical + MOS
2ª pessoa do plural: Radical + DES
3ª pessoa do plural: Radical + EM
Gerúndio: pode servir como adjetivo ou advérbio. A ação está acontecendo no momento que se fala.
Ex.: eu estou falando com você
Na escola havia meninos vendendo picolés (função de adjetivo)
Quando estava saindo de casa, vi um carro branco. (função de advérbio).
Particípio: Resultado de uma ação que terminou, podendo flexionar em gênero número e grau. È usado na formação dos tempos compostos.
O João tem dormido cedo nas últimas semanas.
Vozes verbais
Voz é a forma que o verbo assume para indicar se o sujeito é agente ou paciente da ação.
São três as vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva.
Voz Ativa:
É quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação expressa pelo verbo.
Meu pai comprou o cinto.
Pai: sujeito agente
Comprou: ação
o cinto: objeto (paciente)
Voz Passiva:
É quando o sujeito sofre a ação verbal. Mostra que o sujeito gramatical é o paciente de uma ação que é praticada pelo agente da passiva.
Ela pode ser classificada em voz passiva analítica e voz passiva sintética.
Voz passiva analítica
Na voz passiva analítica, as frases têm a seguinte forma:
O sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio do verbo principal + o agente da passiva
Exemplo: O cinto foi comprado pelo meu pai
O cinto: sujeito paciente
Foi: Verbo auxiliar
Comprado: ação (particípio do verbo principal)
Meu pai: agente da passiva
Voz passiva sintética
Na voz passiva sintética, as frases têm a seguinte forma:
Verbo na 3ª pessoa + pronome apassivador se + sujeito paciente
Exemplo: Comprou-se o cinto.
Comeu: verbo na 3ª pessoa
Se: pronome apassivador
O cinto: sujeito paciente
Comeu-se o bolo.
Comprou-se o chapéu.
Leram-se os livros.
Voz Reflexiva
É quando o sujeito pratica e recebe a ação, ou seja, é ao mesmo tempo agente e paciente da ação.
Exemplo: Arthur feriu-se ao cair da bicicleta.
Passar da voz ativa para a voz passiva
Exemplo: Karen Uhlenbeck recebe o Prêmio Abel 2019 – Voz ativa
Sujeito: Karen Uhlenbeck. Ela que praticou a ação do verbo
VTD: Recebe
OD: o Prêmio Abel 2019.
O Prêmio Abel 2019 é recebido por Karen Uhlenbeck – Voz passiva
O Prêmio Abel 2019 (OD que virou sujeito da passiva) é (verbo ser no mesmo tempo/modo) recebido(particípio) por Karen Uhlenbeck (Sujeito da ativa que vira agente da passiva).
O que aconteceu?
O sujeito da voz ativa se transforma em agente da passiva.
O objeto direto da voz ativa se transforma no sujeito da passiva.
O verbo transitivo da voz ativa se transforma em locução verbal (verbo auxiliar ser + particípio do verbo principal).