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Tag: Brasil Imperial

Grupos sociais em conflito no Brasil imperial e a construção da nação Parte 2

Carta de Despedida de d. Pedro I para seu filho d. Pedro II

“Meu querido filho, e meu imperador. Muito lhe agradeço a carta que me escreveu, eu mal a pude ler porque as lágrimas eram tantas que me impediam a ver; agora que me acho, apesar de tudo, um pouco mais descansado, faço esta para lhe agradecer a sua, e para certificar-lhe que enquanto vida tiver as saudades jamais se extinguirão em meu dilacerado coração.

Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que cuidarem na sua educação, e conte que o mundo o há de admirar, e que me hei de encher de ufania por ter um filho digno da pátria. Eu me retiro para a Europa: assim é necessário para que o Brasil sossegue, o que Deus permita, e possa para o futuro chegar àquele grau de prosperidade de que é capaz. Adeus, meu amado filho, receba a benção de seu pai que se retira saudoso e sem mais esperanças de o ver.”

Pedro de Alcântara

Bordo da Nau Warspite

12 de abril de 1831

Cumpriu-se a Constituição

Grupos sociais em conflito no Brasil imperial e a construção da nação

No final da postagem coloquei uma cronologia dos fatos do Brasil Imperial até a construção da nação

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Grupos sociais em conflito no Brasil imperial e a construção da nação

O Estado Imperial

A história do Estado Imperial, da sua fundação, em 7 de setembro de 1822, até a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, está associada a um enorme esforço de construção civilizatória, num quadro de grandes contradições, onde não faltaram contestações ao poder central. O Império assegurou a autonomia nacional e a unidade das províncias, ao mesmo tempo em que conservou a escravidão, sua maior mácula.

“Fico”

O dia 9 de janeiro de 1822 possui grande valor simbólico na preparação da Independência do Brasil. D. Pedro sofria pressões para retornar a Portugal, por parte dos portugueses que desejavam o retorno do Brasil a uma condição de colônia. Como reação, o presidente do Senado da Câmara da Corte, José Clemente Pereira, entregou ao príncipe as representações dos habitantes do Rio de Janeiro pedindo sua permanência no Brasil. D. Pedro, motivado pelas manifestações, autorizou o presidente a transmitir as suas palavras à multidão reunida no Largo do Paço (atual Praça XV): Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico. Em seguida, d. Pedro declarou: Agora só tenho a recomendar-vos união e tranquilidade. O “Dia do Fico” representou a escolha de um caminho sem retorno.

Independência