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Grupos sociais em conflito no Brasil imperial e a construção da nação

No final da postagem coloquei uma cronologia dos fatos do Brasil Imperial até a construção da nação

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Grupos sociais em conflito no Brasil imperial e a construção da nação

O Estado Imperial

A história do Estado Imperial, da sua fundação, em 7 de setembro de 1822, até a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, está associada a um enorme esforço de construção civilizatória, num quadro de grandes contradições, onde não faltaram contestações ao poder central. O Império assegurou a autonomia nacional e a unidade das províncias, ao mesmo tempo em que conservou a escravidão, sua maior mácula.

“Fico”

O dia 9 de janeiro de 1822 possui grande valor simbólico na preparação da Independência do Brasil. D. Pedro sofria pressões para retornar a Portugal, por parte dos portugueses que desejavam o retorno do Brasil a uma condição de colônia. Como reação, o presidente do Senado da Câmara da Corte, José Clemente Pereira, entregou ao príncipe as representações dos habitantes do Rio de Janeiro pedindo sua permanência no Brasil. D. Pedro, motivado pelas manifestações, autorizou o presidente a transmitir as suas palavras à multidão reunida no Largo do Paço (atual Praça XV): Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico. Em seguida, d. Pedro declarou: Agora só tenho a recomendar-vos união e tranquilidade. O “Dia do Fico” representou a escolha de um caminho sem retorno.

Independência

Com a decisão do príncipe de permanecer no Brasil cresceu a opinião pública em favor da autonomia. O ministro José Bonifácio, apoiado por Dona Leopoldina, arquitetou a separação definitiva de Portugal. Em 7 de setembro de 1822, d. Pedro proclamou a Independência, tornando-se o primeiro imperador do Brasil. Tratava-se então de organizar o novo Estado sob a forma de uma monarquia constitucional.

Após a Independência, o Estado Imperial se viu diante de muitos desafios. No Nordeste eclodiram levantes das tropas fiéis a Portugal, que ficaram conhecidos como “Guerras da Independência”. Envolveram as províncias do Pará, Maranhão e, principalmente da Bahia, onde as lutas se estenderam por um ano. No plano internacional, Portugal demorava a reconhecer a autonomia.

Ao Estado Imperial cabia manter a integridade do território e organizar a Nação do ponto de vista institucional e simbólico. Foi instaurada uma Assembleia Constituinte, em 1823, que d. Pedro I fechou por discordâncias quanto às atribuições dos poderes executivo e legislativo, outorgando a Constituição do Império, em 1824.

A construção simbólica da nação

“É preciso compreender as construções imaginárias instituidoras da própria sociedade e identificar os significados simbólicos do processo. No caso em questão tudo estava por construir: a unidade do território, a administração do novo estado independente, as instituições estruturantes da sociedade, os padrões civilizatórios e a própria nação. Tratava-se de um conjunto de tarefas difíceis e polêmicas, onde a produção simbólica foi peça fundamental; daí a importância assumida pela escrita da história, pela produção literária e pelas artes plásticas num processo que é fundador da Nação como ‘comunidade imaginada’.” Afonso Carlos Marques dos Santos, 2003.

A difícil unidade

“Em 1822, o Brasil não era uma unidade econômica. Tampouco havia no país um forte senso de identidade nacional. A unidade mantida na transição de colônia portuguesa a império independente foi política – e precária. Seria seriamente ameaçada quando, uma década depois, a aliança de forças que havia produzido a independência do Brasil acabou por desintegrar-se.” – José Murilo de Carvalho e Leslie Bethel, 2001

Abdicação

O reconhecimento internacional da Independência, em decorrência dos tratados firmados com Portugal (1825) e Inglaterra (1826), assim como a perda da Província Cisplatina, que se tornou o estado independente do Uruguai, afetaram as finanças do Império e contribuíram para o desgaste político do imperador.

Paralelamente, com a morte de d. João VI (1826), cresciam os embates em torno da sucessão ao trono português, entre d. Pedro, herdeiro legítimo, e seu irmão d. Miguel. D. Pedro abdicou em favor de sua filha, Maria da Glória, afastando assim os temores de uma nova união entre Brasil e Portugal.

Esses acontecimentos contribuíram para que d. Pedro I abdicasse ao trono brasileiro, no dia 7 de abril de 1831, partindo para Portugal. Aqui ficou seu filho Pedro de apenas cinco anos de idade como futuro imperador.

Carta de Despedida de d. Pedro I para seu filho d. Pedro II

Continua na parte 2

 

 

 

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