Notações léxicas
Notações léxicas são os sinais gráficos que precisamos usar, obviamente na escrita, para representar alguns sons da fala, os fonemas. O uso das tais notações torna-se necessário, principalmente (há ressalvas… saiba) pelo fato de as 26 letras “nuas” do nosso alfabeto não serem suficientes para representar todos os fonemas que somos capazes de produzir, por isso, precisamos de “vesti-las”. Há também o fator lexical, a formação lexical. Acompanhemos a explicação para um melhor esclarecimento.
São notações oficiais da língua portuguesa:
Acento agudo (´) – usado para indicar a pronúncia aberta de uma vogal e para indicar a tonicidade da sílaba em que essa estiver (Sempre!).
Ex.: café [ka’fé] = /é/ vogal anterior tônica aberta oral; /fé/ sílaba tônica
Acento circunflexo (^) – usado para indicar que a vogal deve ser pronunciada de maneira mais fechada e também para indicar SEMPRE a tonicidade da sílaba em que essa estiver.
Ex.: tônica [‘tõnika] = /õ/ vogal posterior tônica fechada nasal; /tõ/ sílaba tônica
Acento grave (`) – o acento grave, na língua portuguesa, claro, vem sobre a vogal ‘a’ e apenas para indicar a ocorrência de crase. Não sabe o que é crase? Uh… calma aí… espera um pouquinho que já veremos. É um caso à parte, sabe…? Putz! Juro que essa não foi intencional.
Ex.: Fui à bienal do livro logo que acabei de escrever esta matéria. (fato)
A pronúncia nos casos de crase nunca muda: a vogal /a/ será sempre uma vogal anterior aberta oral.
Ah, por favor, pedido de amigo agora: não confunda a direção do acento: pra sua esquerda ACENTO GRAVE, pra sua direita ACENTO AGUDO. Sinto um aperto no coração quando leio frases escritas desta maneira: “fui á bienal num domingo”. Lembre-se: o acento que indica crase é canhoto… (sei lá! Macetes mnemônicos talvez funcionem. :P)
Til (~) – Vem apenas sobre a vogal /a/ e sobre a vogal /o/; indicando que essas vogais devem ser pronunciadas com uma ressonância nas fossas nasais; são nasalizadas.
Ex.: pão [‘pãw] = /ã/ vogal posterior tônica NASAL
Obs.: a sílaba que tiver uma vogal o ou a nasalizada sob um til sempre será a tônica:
coração – notação – caminhão
Só não será em duas situações:
1- quando houver outro acento na palavra (´) (^), pois estes prevalecem sempre e anulam a possível tonicidade do til:
ímã – órfão.
2- quando a palavra que tiver a sílaba nasalizada estiver num grau alterado:
coraçãozinho – caminhãozinho
Trema (¨) – Sinto muito... esses já não mais existem na língua portuguesa. Aparecem agora só em nomes estrangeiros. Puxa vida, eu gostava muito de usar os tremas.
Cedilha (͵) – por favor, meu caro, de uma vez por todas: não se diz “cê cedilha”; diz-se cê cedilhado!
A cedilha é o “rabinho” que aparece no grafema “C” quando este vem antes de /a/ /o/ e /u/ e tem som de “s” /s/.
Ex.: dançou comendo paçoca e açúcar (que beleza…)
Apóstrofo (‘) – (apóstrofo, não ‘apóstrofe’ ou ‘apóstolo’) esse indica a supressão de um fonema, geralmente uma vogal. Bechara tem muito a dizer sobre o apóstrofo; se quiser saber mais, fala comigo. Os exemplos abaixo são os básicos.
Ex.: mãe-d’água – pau-d’arco – galinha-d’angola
Hífen (-) – usado para ligar elementos. Depois da reforma ortográfica da Língua Portuguesa, muitas regras sobre a necessidade do hífen foram alteradas por isso, fiz uma postagem só para ele.
Fonte: BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. ALMEIDA, N. Teixeira. Gramática da Língua Portuguesa para concursos e português aplicado.
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