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Características das modalidades da língua: oral e escrita

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Características das modalidades da língua: oral e escrita

A NATUREZA DAS MODALIDADES ORAL E ESCRITA

José Mario Botelho (UERJ e FEUDUC)

INTRODUÇÃO

Que a linguagem escrita e a linguagem oral não constituem modalidades estanques, apesar de apresentarem diferenças devido à condição de produção, é um fato incontestável. Contudo, há particularidades de outras ordens que as tornam modalidades específicas da língua.

Tais particularidades são, de fato, elementos exclusivos de cada uma delas, como a gesticulação, por exemplo, na linguagem oral, e a reedição de texto, com apagamento do texto anterior, na linguagem escrita.

Certamente, as pessoas não escrevem exatamente do mesmo modo que falam, uma vez que se tratam de processos diferentes. Essas diferentes condições de produção para usos de diferentes intenções propiciam a criação de diferentes tipos de linguagem, que se agrupam nas duas modalidades da língua.

Fatores como: o contexto, a intenção do usuário e a temática, são responsáveis pelas diferenças entre a linguagem oral e a linguagem escrita, que, nem por isso, são estanques.

A LINGUAGEM ORAL E A LINGUAGEM ESCRITA, SEGUNDO CHAFE

Sem desprezar as diversas teorias acerca das modalidades de uma dada língua, este trabalho se deterá nos estudos de Chafe (1987), que melhor estabeleceu as diferenças entre a linguagem oral e a linguagem escrita, apresentando uma proposta de análise, a partir da qual foi possível se estabelecer uma comparação.

Chafe afirma que as pessoas não escrevem do mesmo modo que falam, corroborando a teoria de Goody e Watt (1968) acerca da diferença entre a oralidade e a escrita, contradizendo Bloomfield, em cuja concepção a linguagem escrita não passa de uma reprodução da linguagem oral.

“Writing is not language, but merely a way of recording language by means of visible marks.” (Bloomfield, 1933: 21)

Em trabalhos anteriores (Chafe, 1982, 1985 e 1986), o autor já demonstrava o seu interesse pelo assunto. Neles, procurou identificar mais precisamente as diferenças a serem encontradas nos dois tipos de linguagem usados por falantes e escritores, para em seguida tentar explicar as causas fundamentais de tais diferenças.

Nesses trabalhos, as observações feitas pelo autor se restringem a uma comparação entre os dois extremos da fala e da escrita: de um lado, a conversação, e do outro oposto, a escrita acadêmica.

Mais tarde, em parceria com Tannen (1987), o autor levanta a hipótese de que “diferentes condições de produção, assim como usos de diferentes intenções, propiciam à criação de diferentes tipos de linguagem” (cf. Chafe & Tannen, 1987: 390). No mesmo parágrafo, os autores demonstram acreditar que a conversação comum é a forma prototípica de linguagem, a partir da qual se deveriam comparar todos os outros gêneros quer sejam falados, quer sejam escritos.

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Alguns fatores são responsáveis pelas diferenças entre linguagem oral e linguagem escrita: o contexto, a intenção do falante ou do escritor e o tópico do que se diz ou escreve.

Na caracterização dessas diferenças, Chafe (1987) analisou quatro tipos de produções discursivas coletados para um projeto de estudos: conversação e conferência (produções discursivas da oralidade), e carta e artigo acadêmico (produções discursivas da escrita).

Focalizando o modo de os falantes e escritores selecionarem as palavras ou estruturas para expressarem suas idéias, observou que a escolha dos falantes é rápida, enquanto a dos escritores é lenta, por terem mais tempo para reproduzi-la e revisá-la. Com isso, a linguagem escrita tende a ter um vocabulário mais variado e de conveniência do usuário.

A escolha lexical também proporciona ao usuário a exibição de um estilo próprio e o controle do grau de formalismo e coloquialismo de suas produções discursivas. Do vocabulário, um conferencista seleciona palavras e expressões que possam conferir ao seu texto um caráter mais ou menos formal, como o faz um escritor de uma carta, para dar ao seu texto um caráter mais ou menos coloquial. A esse respeito, a distinção entre fala e escrita não se faz com precisão, uma vez que as restrições operativas não se associam propriamente ao fator velocidade do processo. O grau de coloquialismo ou formalismo envolve decisões estilísticas e de domínio do léxico que podem transferir-se de um modo de produção para o outro com muita facilidade e propriedade.

Chafe ressalta, ainda, que a unidade relevante da fala parece ser a entidade basicamente prosódica, que chama de “unidade de entonação”, a qual descreve em trabalho anterior (Chafe, 1985), corroborando a “hipótese de uma oração de cada vez”, de Pawley & Syder (1976).

Na escrita, as unidades de entonação são mais longas (em torno de nove palavras) do que na fala (em torno de seis palavras), que se limita em tamanho pela “memória de curto prazo” ou capacidade de “consciência focal” do falante e, provavelmente, pela consciência que esse tem das limitações de capacidade do ouvinte.

A intenção dele é demonstrar as propriedades da linguagem falada e da linguagem escrita. Para isso, lança mão dos seguintes parâmetros: variedade de vocabulário, nível de vocabulário, construção de orações, construções de frases e envolvimento e distanciamento.

Variedade de vocabulário

De certo, falantes e escritores fazem a seleção de palavras e expressões para exprimirem os seus pensamentos.

Como não há uma relação perfeita entre o que a pessoa pensa e a linguagem que usa para a sua expressão, pois nem sempre se traduz automaticamente, com palavras apropriadas, o que se pensa, o usuário precisa ter um bom conhecimento da linguagem. Esse conhecimento inclui o conhecimento de um repertório de opções lexicais necessárias, que será ativado sempre que o usuário tiver que se expressar linguisticamente.

Nível de vocabulário

Continua na parte 2

 

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