O Absolutismo dos reis e o Estado Moderno
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O que aconteceu para o surgimento do Estado moderno?
No século XIV houveram devido à peste negra e as guerras feudais acabou diminuindo a população da e aliada a um crise econômica devido a redução da produtividade servil, aumento dos impostos e dos preços dos alimentos e o excesso de exploração dos camponeses que geraram as revoltas camponesas nos feudos da Europa Ocidental ameaçam a hegemonia da nobreza e da Igreja, pois questionavam os privilégios de nascimento gerados pela divisão estamental (grupos sociais) que quase não existe mobilidade social, ou seja, a posição do indivíduo na sociedade dependeria de sua origem familiar, por exemplo: nasceu servo, morrerá servo.
Surgimento da burguesia
Com isso surgiu o capitalismo mercantil que aos poucos foi dominando a Europa e fortalecendo a classe social ligada a ela que era a burguesia. A burguesia tornou-se cada vez mais rica e poderosa e viu que a sociedade precisava de uma nova organização política. Eles viram que para continuar a progredir ele precisavam de uma sociedade mais ordeira e de um governo mais estável. Eles sabiam que as guerras, excesso de moedas regionais e as brigas entre membros da antiga nobreza feudal prejudicavam muito o comércio.
A burguesia sabia que tinha que diminuir a quantidade de impostos sobre as mercadorias cobrados pelos vários senhores feudais.
Um importante setor da burguesia (formada por comerciantes e banqueiros) aliada a uma nobreza progressista contribuiu para o fortalecimento da autoridade dos reis. O objetivo era a construção do Estado moderno sob a forma de monarquias nacionais capaz de investir no desenvolvimento do comercio, na melhoria dos transportes e na segurança das comunicações.
Absolutismo dos reis (Monarquia)
Centralização do poder
Com a centralização do poder pelo rei ele intermediou as brigas entre os senhores feudais e a burguesia, conseguindo aos poucos impor sua autoridade criando um governo centralizado e unificando os territórios. Com isso surgiram as monarquias fortalecidas, como as de Portugal, Espanha, França e Inglaterra. Senhor absoluto do poder, foi o rei o principal agente na construção do Estado moderno.
Durante estas mudanças os europeus se começaram as Grandes Navegações aonde Colombo chegou à América e depois Vasco da Gama abriu o caminho para as Índias.
Com o objetivo de ter uma única moeda e um único sistema de pesos e medidas e tentar eliminar o pagamento de pedágios imposto pelos senhores feudais às caravanas de mercadores os comerciantes e banqueiros forneceram ao rei apoio financeiro, por meio de doações e empréstimos.
O fortalecimento da autoridade do rei acabou diminuindo o poder dos senhores feudais que tentaram resistir através da luta armada.
A igreja também resistiu á centralização do poder real porque além de ser ameaçada de perder suas terras eles estavam perdendo o poder junto ao Estado.
Havia, portanto, diversos interesses em jogo. O rei queria mais poder para si. A burguesia reivindicava segurança e liberdade para seus negócios. Os senhores feudais se negavam a renunciar a seus privilégios. A Igreja, finalmente, lutava para manter a posição que havia conquistado durante a Idade Média.
A formação do Estado moderno
Aos poucos, o rei impôs sua autoridade sobre territórios cada vez mais vastos. Com o tempo, os limites entre esses territórios começaram a ganhar sentido político, fiscal e militar, fixando-se e tornando-se fronteiras.
Dentro desses novos limites, prevaleceram as línguas faladas nas regiões hegemônicas, assim definidas por sua riqueza ou por sua importância política.
Nessas circunstâncias, surgiu o Estado moderno, igualmente chamado de Estado nacional ou monarquia nacional.
Fenômeno novo na história, uma de suas características principais foi o caráter fortemente centralizado do poder monárquico em oposição à fragmentação vivida no sistema feudal.
A centralização política do rei só foi possível por todos os setores da sociedade aceitaram a legitimidade de seu poder inclusive a igreja, pois todas acreditavam que o rei era soberano graças a Deus. Com isso o rei tinha força legitima para a justiça (extinguiu os tribunais dos senhores feudais e a igreja só podia julgar os assuntos referentes á fé) e arrecadação de impostos.
Com a centralização do poder, somente o rei poderia constituir forças armadas (exércitos, polícia) e somente ele podia manter a ordem e defender o território de agressões externas (antes cada senhor feudal tinha seus soldados).
Com o monopólio da arrecadação o rei criou uma burocracia profissional, encarregada de administrar e de fazer cumprir as determinações do soberano e suas leis.
Características do Estado Moderno
Mesmo idioma: Ele identificava as origens, tradições e costumes comuns de uma nação.
Território definido: Cada estado foi definido suas fronteiras políticas, estabelecendo os limites territoriais de cada governo nacional.
Soberania: No mundo feudal, o poder estava baseado na suserania, isto é na relação e subordinação entre o suserano (senhor) e o vassalo. Aos pouco no lugar do suserano, foi surgindo à noção de soberania, pela qual o soberano (governante) tinha o direito de fazer valer as decisões do Estado perante os súditos.
Exército permanente: Para garantir as decisões do governo soberano, foi preciso a formação de exércitos permanentes, controlados pelos reis (soberano).
Estado Moderno em Portugal
O primeiro reino a utilizar o modelo de Estado Moderno foi Portugal, onde a centralização política ocorreu como consequência de campanhas militares da Guerra da Reconquista. O conflito, travado contra os muçulmanos, garantiu ainda a independência de Castela no século XII.
João foi coroado rei de Portugal e essa organização está entre os fatores decisivos para a expansão marítima europeia.
Estado Moderno na Espanha
Durante séculos os cristãos brigaram contra os muçulmanos da península Ibérica. O casamento entre a rainha Isabel, de Castela e o rei Fernando de Aragão unificou a Espanha . Depois da expulsão dos muçulmanos o poder real fortaleceu com a ajuda da burguesia e a Espanha também se lançou ás grande navegações marítimas pelo Atlântico.
Estado Moderno na França
Já havia uma centralização de poder do rei na França com tributos para a coroa real, a justiça nas mãos do rei e a restrição da autoridade plena do papa sobre os sacerdotes franceses e criação do exército subordinado ao rei, mas foi durante a guerra dos cem anos (1337-1453), entre a França e Inglaterra, que cresceu o sentido nacional francês. Durante os longos anos da guerra, a nobreza feudal enfraqueceu-se enquanto o poder do rei foi aumentando.
Houve sucessivos monarcas, mas no reinado de Luís XIV(1643-1715), conhecido como o Rei sol, tornou-se o símbolo supremo do absolutismo francês. A ele atribuiu a famosa frase (o Estado é meu).
Luís XIV e Luís XVI, ambos deram continuidade ao regime absolutista. Em 1789, explodiu a Revolução Francesa, que pôs fim á monarquia absolutista.
Estado Moderno na Inglaterra
O absolutismo inglês teve início com o rei Henrique VII (1485-1509), fundador da dinastia dos Tudor. A burguesia inglesa, identificada com as atividades do comercio e das manufaturas, prestou seu apoio a Henrique VII para que se conseguisse a pacificação interna do país.
No reinado da rainha Elisabete I, o absolutismo monárquico inglês fortaleceu-se ainda mais. O poder real passou a colaborar ativamente com o desenvolvimento capitalista do país. Foi no reina de Elisabete que começou a expansão colonial inglesa, com a colonização da América do Norte e o apoio aos atos de pirataria contra navios espanhóis.
Fontes: Bemvin, Cola da web, toda matéria e colégio curso desafio
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As grandes navegações e a construção das Américas inglesa, hispânica e portuguesa;
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