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Domínio dos mecanismos de coerência textual

Domínio dos mecanismos de coerência textual

A COERÊNCIA, é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o texto, ou seja, A coerência textual resulta da relação harmoniosa entre as ideias apresentadas num texto

 

Domínio dos mecanismos de coerência textual:

Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos:

Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem entre si, ou seja, que quebram a lógica.

Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste n a repetição de alguma ideia, utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando há repetição excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. Caso ele não construa uma informação ou mensagem completa, então ele será incoerente.

Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e trazem incoerência ao texto.

Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a CONTINUIDADE TEMÁTICA e a PROGRESSÃO SEMÂNTICA.

Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes do texto (quebrando também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar ao leitor.

Já a quebra da progressão semântica acontece quando não há a introdução de novas informações para dar sequência a um todo significativo (que é o texto). A sensação do leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega ao ponto que interessa, ao objetivo final da mensagem.

A COERÊNCIA, é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o texto.

FONTES:  Infoescola

A coerência como uma propriedade do texto tem quatro regras:

  1. Repetição: Diz respeito à necessária retomada de elementos no decorrer do discurso. Um texto coerente tem unidade, já que nele há a permanência de elementos constantes no seu desenvolvimento. Um texto que trate a cada passo de assuntos diferentes sem um explícito ponto comum não tem continuidade. Um texto coerente apresenta continuidade semântica na retomada de conceitos, ideias. Isto fica evidente na utilização de recursos linguísticos específicos como pronomes, repetição de palavras, sinônimos, hipônimos, hiperônimos etc. Os processos coesivos de continuidade só se podem dar com elementos expressos na superfície textual; um elemento coesivo sem referente expresso, ou com mais de um referente possível, torna o texto mal-formado.
  2. Progressão: O texto deve retomar seus elementos conceituais e formais, mas não deve limitar-se a isso. Deve, sim, apresentar novas informações a propósito dos elementos mencionados. Os acréscimos semânticos fazem o sentido do texto progredir. No plano da coerência, percebe-se a progressão pela soma das ideias novas às que são já tratadas. Há muitos recursos capazes de conferir sequenciação a um texto.
  3. Não-contradição: um texto precisa respeitar princípios lógicos elementares. Não pode afirmar A e o contrário de A. Suas ocorrências não podem se contradizer, devem ser compatíveis entre si e com o mundo a que se referem, já que o mundo textual tem que ser compatível com o mundo que representa. Esta não-contradição expressa-se nos elementos linguísticos, no uso do vocabulário, por exemplo. Em redações escolares, costuma-se encontrar significantes que não condizem com os significados pretendidos. Isso resulta do desconhecimento, por parte do emissor, do vocabulário a que recorreu.
  4. Relação: um texto articulado coerentemente possui relações estabelecidas, firmemente, entre suas informações, e essas têm a ver umas com as outras. A relação em um texto refere-se à forma como seus conceitos se encadeiam, como se organizam, que papeis exercem uns em relação aos outros. As relações entre os fatos têm que estar presentes e ser pertinentes.

A coerência textual não está na superfície do texto: a construção de sentidos será feita de acordo com o conhecimento prévio de cada leitor

Quando você se propõe a escrever um texto, certamente se lembra de quem vai ler, não é verdade? Provavelmente, você também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer-se compreendido, você estabelece alguns padrões mentais que diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido, certo?

Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio básico para uma boa redação, chamado de coerência textual. Você pode até não conhecer a exata definição desse elemento da linguística textual, mas possivelmente evita construções ininteligíveis em sua redação e recorre aos seus conhecimentos sociocognitivos. A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o responsável pela constituição dos significados do texto.

Fonte: Texto de Maria Lúcia Mexias Simon

 

 

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